Avanço histórico na luta contra a depressão crônica

Uma cirurgia inédita reacende a esperança na luta contra a depressão crônica, doença que atinge milhões de pessoas somente em nosso país.

“Voltei a ver a luz.”

Assim descreveu Lorena Rodríguez, 34 anos, o momento em que começou a sentir alívio, após mais de duas décadas enfrentando depressão severa.

Em abril deste ano, na Colômbia, ela se tornou a primeira pessoa no mundo a passar por uma cirurgia inédita de estimulação cerebral profunda, especialmente desenvolvida para casos graves e resistentes.

Diferente dos procedimentos tradicionais, essa técnica inovadora utiliza quatro eletrodos em regiões específicas do cérebro, atuando simultaneamente para regular os circuitos ligados ao humor e à motivação.

O resultado? Melhoras já no dia seguinte e uma nova perspectiva de vida.

Depois de anos de tratamentos sem sucesso, Lorena diz:

“Ainda sou eu, mas agora tenho espaço para viver, não só resistir.”

Importante: apesar de promissora, essa abordagem é nova e experimental. Ainda será preciso validar seus resultados em estudos científicos mais amplos, confirmar a segurança a longo prazo e passar pela aprovação de órgãos reguladores, antes que possa ser usada de forma rotineira.

Este avanço abre um capítulo promissor na medicina e reacende a esperança para milhões que enfrentam a depressão crônica em silêncio.

Mas é preciso acompanhar: será que essa técnica poderá “trazer de volta à vida” mais pessoas como Lorena que, nas palavras dela, “vivia por obrigação”?

Somente quem sofre de depressão profunda entende o verdadeiro peso da expressão “morte em vida”.

André Mansur Brandão — Advogado e Escritor