Quando o museu mais famoso do mundo confundiu segurança com senha de Wi-Fi
Paris, 2025. — O mundo da arte e da cibersegurança acaba de ganhar um novo marco histórico. O Museu do Louvre — aquele mesmo que guarda a Mona Lisa, a Vênus de Milo e bilhões em obras-primas — foi alvo de um assalto cinematográfico. Mas o enredo, lamentavelmente, é real. E o roteiro poderia ter sido escrito por um estagiário de TI em seu primeiro dia de trabalho.
Uma investigação revelou que o sistema de vigilância do museu utilizava a senha “LOUVRE”. Sim, em letras maiúsculas, sem números, sem símbolos, e com a mesma criatividade de um croissant industrializado.
Segundo fontes próximas à investigação, os hackers acessaram o sistema com uma facilidade constrangedora.
“Foi quase educado”, ironizou um perito em segurança digital. “Eles não invadiram. Apenas… entraram.”
O paradoxo da Mona Lisa
Enquanto especialistas calculam os prejuízos, o sorriso enigmático da Mona Lisa parece ter ganhado novo significado.
Talvez não seja mais o mistério de séculos que intriga os historiadores — mas sim um sorriso de puro deboche diante da estupidez humana em sua versão 5G.
“Ela sorri porque já sabia”, comentou um guia do museu, sob anonimato. “Desde 1503, ela observa a humanidade repetir os mesmos erros — só que agora, com senha fraca.”
Segurança de museu, senha de cafeteria
O episódio reacendeu o debate sobre a chamada Governança da Estupidez, fenômeno em que instituições orgulham-se de relatórios de 200 páginas e selos de compliance, mas esquecem o essencial: trocar a senha padrão.
Enquanto diretores do Louvre se reúnem em caráter emergencial, especialistas sugerem um ousado passo adiante:
“Talvez atualizar para Louvre123 já seja um avanço.”
Licença para rir (ou chorar)
O caso entra para a história como um retrato tragicômico do nosso tempo: o século que levou o homem à Lua, criou inteligências artificiais e redes quânticas — mas ainda tropeça em senhas previsíveis.
Entre a ironia e a vergonha, fica uma lição digna de moldura dourada:
“A arte pode ser eterna. Mas, no mundo da inteligência artificial, a burrice continua de acesso público.”




